
Saxofones: Pedro Moreira, Ricardo Toscano, Daniel Sousa, Tomás Marques, Bernardo Tinoco, Mateja Dolsak, Francisco Andrade, João Capinha
Contrabaixo: Mário Franco
Bateria: Luis Candeias
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Editado em disco no mês de fevereiro de 2021, Two Maybe More é o título de um espectáculo de Sofia Dias, Vítor Roriz e Marco Martins que foi levado à cena no Teatro Maria Matos em 2014, e para o qual escrevi a música, fruto de uma encomenda da Fundação Gulbenkian. Na versão original a peça contava com 8 solistas do Coro Gulbenkian e um pequeno ensemble de câmara.
Desde então senti a vontade de adaptar a peça para um ensemble de 8 saxofones, ao qual se juntaria contrabaixo e bateria, para melhor explorar as possibilidades de abertura à improvisação, que não existe na partitura original, mantendo tanto quanto possível a consistência formal do original. Procura-se naturalmente o carácter vocal do saxofone como ponte entre as duas versões.
No original, a peça, tanto na música como na coreografia, pretende invocar diversas possibilidades e mecanismos de relação com o outro. Com essa ideia em mente propõe-se uma série de permutações de subgrupos de entre os 10 instrumentistas, de uma forma vagamente algorítmica, em que os 8 saxofones se dividem por vezes em dois quartetos antifonais, recorrendo a diversos procedimentos polifónicos.
Pedro Moreira
Concerto Two Maybe More no Festival «O Jazz tem Voz!» – RTP Palco
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Pedro Moreira
Saxofonista, compositor, maestro e docente na Escola Superior de Música de Lisboa, tem uma licenciatura em jazz pela New School University e um mestrado em composição pelo Mannes College of Music, em Nova Iorque. Actuou com o seu grupo em várias salas e festivais portugueses, assim como em vários países, na Europa, América e África (França, Espanha, Alemanha, Grécia, EUA, Costa do Marfim, Angola, Moçambique). Colaborou igualmente com os grupos de Bruno Santos, Nelson Cascais, André Fernandes, Zé Eduardo, entre outros.
Como maestro, dirigiu a Big Band do Hot Clube de Portugal, European Youth Jazz Orchestra, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orchestrutópica, Orquestra do Algarve, Orquestra Angrajazz, Ensemble Moderno do Conservatório Nacional e Orquestra de Jazz do Conservatório da Madeira.
Conta com peças originais executadas pela Orquestra de Jazz de Matosinhos, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Apollo Saxophone Quartet, Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, Drumming Grupo de Percussão, Orquestrutópica.
Escreveu música para as peças de teatro “Quando o Inverno Chegar”, “Mega Tarts”, no Teatro São Luiz, “De Homem Para Homem”, na Cornucópia, “Two Maybe More” no Teatro Maria Matos, e “Como Queiram”, no Teatro São Luiz/Teatro Nacional São João.
Foi director da Escola Superior de Música de Lisboa, assim como coordenador da variante de jazz da Licenciatura em Música. Foi também director da Escola Luíz Villas-Boas do Hot Clube de Portugal. Foi docente do Conservatório Nacional de Lisboa, Instituto Piaget e curso de Jazz do Conservatório da Madeira.
Como arranjador colaborou com Camané, Cristina Branco, António Zambujo, Pedro Abrunhosa, Milton Nascimento, Rodrigo Leão, Xutos e Pontapés, GNR e muitos outros. Fez recentemente orquestrações para os espectáculos “Canções para Revoluções” e “António & Variações”, ambos com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e solistas convidados.
Tem vários discos editados, em nome próprio mas também como colaborador em projectos de outros músicos.